quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

SEQUÊNCIA DIDÁTICA


Tema: Fazendo a Ciência

Série: 3ª e 4ª série

Objetivo Específico:
Ø Conhecer algumas características de diversos gêneros textuais.
Ø Ouvir comentários e comentar atendendo ao tema proposto.
Ø Produzir texto coletivo
Ø Escrever o nome próprio em contexto de situação real.
Ø Conhecer e valorizar diversas fontes de informação.
Ø Ampliar o vocabulário.

Conteúdos:
Ø Conceituais
o Conceito de ciência.
o Ampliação do vocabulário.
o Fontes de pesquisa

Ø Procedimentais
o Procedimentos de pesquisa
o Localização de informações
o Procedimentos de elaboração de experimento científico simples


Ø Atitudinais
o Valorização de alguns elementos naturais
o Reconhecimento da importância da ciência
o Ser curioso (tentar encontrar respostas)

Duração: 15 aulas
Estratégias
1ª Etapa:
A professora inicia a roda de conversa perguntando o que as crianças entendem por ciência? Em que situações do dia-a-dia eles reconhecem a ciência? Pode ser divertido fazer ciência? Em que áreas da natureza a ciência pode estar envolvida? Quem já participou da elaboração de algum experimento simples e como foi? É importante que a professora tome nota dos conhecimentos prévios dos alunos.
2ª Etapa:
A professora leva os alunos para a biblioteca e sugere que leiam e analisem livros de ciências e revistas de divulgação científica para crianças. Dentro da biblioteca da escola, as crianças podem se sentar sozinhas ou em pequenos grupos, como elas preferirem. Com base no material analisado, a professora escolhe dois textos informativos e pede que as crianças decidam o qual será lido por ela. Antes de o texto ser lido, a professora deve mostrar o nome da revista ou livro, a editora, o autor, o ano da publicação, comentar a característica e a função do texto informativo, e então, ler o texto em voz alta.
3ª Etapa:
Em sala de aula, a professora retoma a discussão sobre o conceito de ciência e procura observar se houve alguma mudança de opinião, o que acrescentou? Despertou curiosidade? O que eles esperam conhecer nos momentos futuros? As crianças podem fazer uma lista dos experimentos que viu, ou que gostariam de fazer. Essa lista pode ser feita em duplas, enquanto um dita o outro escreve e depois se revezam, de modo que ambos tenham a oportunidade de escrever e de ditar. Depois, a professora pode reescrever a lista no papel pardo e ler em voz alta junto com as crianças. Fixar o cartaz na parede que pode servir de apoio para reflexão da escrita.
4ª Etapa:
A professora leva as crianças para a sala de informática. Existem muitos sites de divulgação científicas muito atraentes para crianças, e que ensinam ciência por meio de jogos brincadeiras. As crianças devem explorar esse recurso o máximo que puderem. Ao término, a professora deve propor a socialização dos conhecimentos que os alunos tenham adquirido na internet e fazer sempre registros de observação
5ª Etapa:
De volta na sala de aula, a professora propõe a produção de um bilhete coletivo, o qual pede aos pais ou responsáveis autorização para uma visita ao Museu Catavento. As crianças devem ditar o bilhete coletivamente e a professora escreve na lousa, depois eles copiam no caderno de recados para que os pais vejam e autorizem (o professor deve revisar o caderno de recados antes de enviá-los aos pais).
6ª Etapa:
As crianças devem participar da confecção do crachá. Eles devem copiar os dados espaços adequados o nome da escola, o nome da professora, o telefone da escola e dos pais e o próprio nome. O nome próprio eles podem consultar o cartaz que deve estar colado em uma das paredes da sala em letra de forma maiúscula. Como o crachá é individual, cada criança pode colorir da forma como desejar, assim, o crachá ficará bem personalizado.
7ª Etapa:
Visita ao Museu Catavento. O Museu dispõe de monitores que darão todo suporte necessário para um bom aproveitamento no que diz respeito ao aprendizado, porém, é importante orientar as crianças no que devem prestar maior atenção, pedir que façam anotações, tirem fotos e que aproveitem o passeio com os colegas da melhor forma possível.
8ª Etapa:
Socialização sobre a visita ao Museu Catavento. As crianças devem retomar seus registros de observação, comentar e ouvir comentários dos colegas. As crianças devem fazer uma produção sobre a visita ao Museu, a produção pode ser uma carta destinada aos pais ou a alguém de preferência da criança, contando como foi o passeio. A estrutura da carta deve ser discutida coletivamente, a professora deve mostrar e comentar todas as características desse gênero.
9ª Etapa:
A professora deve ler em voz alta um texto informativo sobre insetos, cada criança deve ter uma cópia do texto. É importante que ela mostre o suporte de onde foi retirado o texto, se de uma revista, ela deve mostrar a revista, a data de publicação, o autor do artigo e a localização do texto dentro dela. Ela deve pedir que eles encontrem informações dentro do texto. As informações encontradas podem ser circuladas ou grifadas. Dentro desse contexto a professora deve perguntar se alguém sabe o que é pulga, e qual é a principal característica da pulga. É importante reforçar para as crianças, caso seja preciso, que a pulga é um inseto que não para quieto.
10ª Etapa:
A professora propõe a elaboração de um experimento científico simples, “pulgas de papel”. As crianças devem ser organizadas em grupos de quatro. Todo o material necessário deve estar disponível e acessível sobre a mesa deles. O experimento será realizado em grupo, mas deve ter material suficiente para que cada criança tenha o seu. A professora deve entregar para cada grupo a receita do experimento, depois, ela vai ler em voz alta junto com a sala os ingredientes e o modo de fazer. As crianças coma receita nas mãos e o material disponível devem desenvolver o projeto. Quando o experimento estiver pronto, eles perceberão que os pedacinhos de papel de alumínio pulam como se fossem pulgas de verdade. As crianças podem e devem brincar com o experimento que acaba de se tornar um brinquedo.
11ª Etapa
A professora deve propor uma nova socialização de conhecimentos, as crianças precisam compartilhar seus novos conhecimentos, as sensações, as empolgações, as curiosidades. A professora deve perguntar para eles se eles conseguem explicar o que aconteceu, o porquê de os pedacinhos de papel-alumínio pularem como se fossem pulgas, deixar que eles tentem encontrar uma resposta e escrevam suas idéias, e somente depois, ela retoma o artigo de divulgação cientifica que explica esse fenômeno.
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Materiais:
Revista de divulgação cientifica, livro de ciência, internet, papel-cartão colorido, caderno, lápis, borracha, folha de linguagem, papel de carta, 28 latas de goiabada sem tampa (bordas lixadas), plástico de embrulhar alimentos (transparente), papel alumínio e fita adesiva.
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Avaliação:
Avaliação feita pelo professor com base nos registros diários e que atendam critérios específicos, deve observar se os alunos: escuta atentamente, se faz comentários pertinentes ao assunto, se consegue relacionar os conhecimentos advindos de diferentes fontes, se escreve palavras ou expressões diferentes das que usa cotidianamente, se consegue esperar a vês de falar.
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Produto Final:
Brinquedo pulga de papel

Receita: Pulga de Papel
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Ingredientes
1 lata de goiabada sem tampa (um adulto deve lixar as bordas);
1 pedaço de plástico transparente de embrulhar alimentos;
1 pedaço de papel-alumínio;
Fita adesiva.
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Modo de preparar
Primeiro transforme o pedaço de papel-alumínio em cerca de vinte pequenos pedacinhos (quadradinhos e 2x2 centímetros, por exemplo). Enrole os pedacinhos até que virem bolinhas. Logo você terá vinte pulgas de papel-alumínio. Coloque as pulgas na lata de goiabada e tampe-as com o plástico, deixando-o bem esticadinho. Por segurança, cole as sobras do plástico nas laterais com a fita adesiva. Passe a mão sobre o plástico algumas vezes e veja o que acontece: suas pulgas pulam e pulam sem parar.

O que aconteceu?
Tudo o que existe é formado por átomos. E você sabe o que são átomos? São tijolinhos que, unidos, formam todo tipo de matéria: madeira, plástico, líquido, o nosso corpo... E os átomos são formados por coisas ainda menores, que chamamos de partículas. Pois bem, os átomos contem partículas elétricas com carga positiva e negativa que, normalmente, estão em equilíbrio. Mas podemos mexer nesse equilíbrio e aí os átomos ficam sendo atraídos e repelidos pelo material que estão em contato. Por exemplo, o nosso experimento, ao friccionarmos o plástico, os átomos que o formam perdem suas partículas de carga negativa e atraem as partículas negativas das bolinhas de papel-alumínio: assim as bolinhas grudam no plástico, mas aí, também são atraídas pelo alumínio da lata e, com isso, há um troca-troca de situações de atração e repulsão, o que faz o pula-pula das pulgas.

Revista de divulgação científica para crianças – Ciência Hoje das Crianças – ano 22 – setembro de 2009 – p. 18